Lembrar de rock é lembrar de Raul Seixas. Não que ele tenha sido o primeiro, mas talvez o mais importante. O Maluco Beleza lutou contra uma feroz ditadura usando toda sua irreverência. Zombou e debochou dos militares e da sociedade, sendo que poucos entenderam suas letras.
Raul Seixas - Eu também vou reclamar
Clara Nunes levou o samba a outro nível. A cantora nunca negou suas origens e sua crença, por isso foi brilhante. Retratou as religiões afrobrasileiras, seus elementos e suas entidades com beleza e respeito, trilhando o caminho para o sucesso dentro da nossa música.
Clara Nunes - Conto de areia
Nelson Gonçalves podia se embaralhar na hora de falar, mas cantando era único. A gagueira não foi barreira para o artista conquistar um país musical e com espaço para tantos estilos e ritmos variados.
Nelson Gonçalves - Esculturas/As rosas não falam
Roberto Carlos era unânime na década de 1970, mas houve um grupo que conseguiu o feito de ficar no topo das paradas no lugar dele. Com uma performance diferente, rostos pintados, rebolados e a voz aguda de Ney Matogrosso, os Secos & Molhados revolucionaram a música. Revolução breve, mas intensa, já que o grupo gravou dois LPs e encerrou a parceria.
Secos e Molhados - Rosa de Hiroshima
Eclética em seu trabalho a cada novo álbum Marisa Monte traz uma sonoridade diferente se renovando, se reciclando e ganhando cada vez mais dimensão dentro do cenário musical. Marisa não é apenas um sucesso nacional, ela é mundial. A carioca que é pop, é rock, é samba e MPB não se permite um rótulo por não fazer apenas um estilo musical, ela faz apenas música boa em qualquer formato.
Marisa Monte - Bem que se quis
Por falar em samba, nosso próximo artista é a representação fiel do ritmo. Zeca Pagodinho é figura bem quista e aceita aonde vai. Na música é um dos maiores representantes da verdadeira música popular vendendo milhões de cópias e atraindo milhões de fãs com sua simpatia e irreverência carioca. Afinal, Zeca é a personificação do verdadeiro boêmio do século 21.
Zeca Pagodinho - Maneiras
Nelson Gonçalves não foi o único na música romântica. Altemar Dutra, teve uma passagem importante por esse estilo. Infelizmente sua carreira foi curta, em comparação a Nelson, mas tão intensa quanto. Provavelmente você nunca tenho ouvido falar nele, mas pergunte ao seu pai e aos seus avós sobre ele.
Altemar Dutra - Sentimental
Na década de 1990, Daniela Mercury popularizou o Axé em todo o país. A baiana bailarina mistura ritmos, sons e se recria a cada novo ano. Artista completa Daniela canta, dança e arrasta multidões (atrás do trio ou não) por onde passa mundo afora.
Daniela Mercury - Ilê, Pérola negra
Os Mutantes foram um verdadeiro sucesso, diferentemente desse duvidoso e extenso projeto de novela da tv brasileira. Rita Lee, os irmãos Batista e Liminha formaram a banda de rock mais louca e irreverente dos festivais de música. Mas a saída da musa inspiradora acabou levando a banda ao fim. Há alguns anos o grupo voltou a fazer turnês pelo mundo, contanto apenas com os irmãos Batista e Zélia Duncan, assumindo o posto da vovó do rock.
Os Mutantes - Balado do louco
Chico Science deixou o país espantado e encantado com a força do seu Maracatu. Ao lado da Nação Zumbi, Chico trouxe o novo velho som à nossa música, que andava cansada e pouco criativa na década de 1990. Mais uma vez, uma estrada e um acidente de carro, levaram a genialidade de um jovem artista.
Chico Science e Nação Zumbi - Maracatu atômico
O tropicalista Caetano Veloso a cada novo álbum lança um sucesso e permanece atual em suas críticas sociais. Restou muito pouco do bom e velho artista de antes, mas ele ainda sabe como ninguém fazer valer seu status de grande ícone da nossa música.
Caetano Veloso - Não enche
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Todo dia é dia de música popular brasileira - parte 3
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